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Demência: Saiba mais sobre uma das doenças neurodegenerativas mais comuns


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A demência é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela progressiva deterioração de várias funções cognitivas limitando o convívio social do indivíduo afetado, ela também causa delírios, alucinações, mudanças de humor, ansiedade, irritabilidade e alterações de apetite.

Ao contrário do que grande parte da população pensa, a demência não é uma doença específica e sim compreende uma série de patologias que apresentam sintomas neurológicos semelhantes que geram a demência, como por exemplo Alzheimer e Corpos de Lewy.

Na busca por compreender melhor o surgimento e a progressão da doença, o PhD neurocientista e biólogo Dr. Fabiano de Abreu Agrela produziu o estudo “Neuropatologias da demência: Descrição e caracterização” publicado pelo Journal Health and Technology.

O artigo ressalta a dificuldade de identificar as doenças ligadas à demência que deve ser feita através de testes laboratoriais e de imagem, mas mesmo assim, muitas vezes a patologia não é detectada em vida.

“Para complicar ainda mais o diagnóstico e o tratamento, as patologias associadas à demência são  difundidas  no  cérebro  idoso  mesmo  na  ausência  de  demência. Quase  50%  dos  idosos  não dementes  que  participaram  de  um  estudo  post  mortem  realizado  pela  realização  de  autópsias  e avaliação [..] apresentaram lesões cerebrais associadas a patologias de demência”.

Saiba mais sobre as principais doenças  causadoras da demência:

Doença de Alzheimer (DA)

A Doença de Alzheimer é provavelmente a mais famosa das doenças causadoras de demência, ela é caracterizada por um declínio cognitivo que causa perda de memória e gera dificuldades na linguagem.

“A DA é a principal causa de demência, representando mais de 50% dos casos em indivíduos com mais de 65 anos. O paciente apresenta respostas cognitivas mal adaptativas devido ao seu extenso comprometimento cerebral. […] O primeiro sintoma da DA é geralmente o declínio da memória episódica, que pode ser seguida por alterações linguísticas, principalmente anomia, distúrbios em funções executivas e habilidades visuais e espaciais”.

“O diagnóstico clínico da DA baseia-se na observação de um quadro clínico compatível e na exclusão de outras causas de demência por meio de exames laboratoriais e neuroimagem estrutural”.

Corpos de Lewy (DCL)

Esse tipo de demência é conhecida por depósitos anormais – conhecidos como  propos de Lewy – de uma proteína chamada alfa-sinucleína no cérebro do paciente, esses acúmulos causam alterações em substâncias químicas do cérebro que podem alterar funções como humor, movimento e gerar alucinações.

“A característica central dessa demência é a perda de habilidades relacionadas à percepções visuais, de atenção e executivas, cognição flutuante, alucinações visuais recorrentes […] DCL. Ele é uma demência com início insidioso, geralmente ocorrendo em pacientes com mais de 60 anos de idade e com uma prevalência ligeiramente maior em homens”.

Existem alguns hábitos simples que podem ser implementados na sua rotina para evitar o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como a prática de atividades físicas regulares, alimentação saudável baseada em dietas como a mediterrânea e MIND, dormir bem e exercitar o cérebro com jogos e práticas que fortaleçam a cognição.

No entanto, quando a doença já se instalou é essencial diagnosticá-la o mais rápido possível, dessa forma as abordagens médicas serão mais efetivas em reduzir a evolução da patologia.

“As causas da demência podem ser diagnosticadas por histórico médico, exame físico e cognitivo, testes laboratoriais   e   imagens   cerebrais.   A   gestão   deve   incluir   abordagens   não   farmacológicas   e farmacológicas,  embora  a  eficácia  dos  tratamentos disponíveis  permaneça  limitada.  O  controle  dos fatores de risco e a detecção do transtorno em estágios iniciais podem ser importantes na tentativa de amenizar as perdas, diminuindo o número de casos”.

Assessoria

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